O ocidente está sofrendo com o excesso de ciência e o oriente, com o excesso de religião. Agora precisamentos de uma nova humanidade em que religião e ciência tornam-se dois aspectos de uma só humanidade. Depois que tivermos trazido à existência essa nova humanidade, a terra pode se tornar, pela primeira vez, o que ela devia ser: um paraíso.
O novo ser humano deve ser a união entre o céu e a terra. Não deve haver cisão entre matéria e espírito, entre o mundano e o sagrado, entre esse mundo e o outro. Não pode haver cisão porque toda cisão é uma cisão em você. E, toda pessoa, todo ser humano que esteja dividido de si mesmo acaba ficando louco, ensadecido. Estamos vivendo em uma mundo louco e insano. Ele só recuperará a sanidade quando essa cisão puder ser desfeita.
A espécie humana viveu ou acreditando na realidade da ala e no caráter ilusório da matéria, ou na realidade da matéria e no caráter ilusório da alma. Mas a realidade do ser humano é a união entre as duas coisas. Não somos só espiritualidade - só consciência- nem somos só matéria. SOMOS UMA HARMONIA PERFEITA ENTRE MATÉRIA E CONSCIÊNCIA.
Você não pode viver como se fosse apenas um corpo. Foi isso que Jesus quis dizer quando afirmou: "Nem só de pão vive o homem". Mas, também não pode viver sem pão. Você tem as duas dimensões no seu ser e ambas tem que ser satisfeitas, tem que ter a mesma oportunidade de crescimento.
Se você ouvir apenas o corpo, você se condena a uma existência sem sentido. Se não ouve o corpo, você sofre -fica com fome, fica pebre, fica com sede. Se ouvir apenas a consciência, o seu crescimento ficará desequilibrado. A sua consciência crescerá, mas seu corpo vai definhar, e não haverá equilíbrio.
Mas, é no equilíbrio que está a sua saúde, é no equilíbrio que está a inteireza, é no equilíbrio que está a sua alegria, a sua canção, a sua dança.
O materialista preferiu ouvir o corpo e fazer ouvidos moucos para tudo que se refere à realidade da consciência. O resultado final é uma grande ciência, uma grande tecnologia - uma sociedade afluente, abundância de coisas mundanas. E, em meio a toda essa abundância, existe um ser humano pobre e sem alma, completamente perdido - sem saber quem ele é, sem saber porque eiste, sentido-se quase um acidente da natureza. As vez de criarem uma vida bonita para você, as coisas criaram uma vida, que, aos olhos das pessoas inteligente, não vale a pena viver.
No passado, o oriente optou por dar ênfase à consciência e condenar a matéria e tudo que fosse material, inclusive o corpo. O oriente criou Buda e várias outras outras pessoas de grande consciência, de grande percepção. Mas também criou milhões de pessoas pobres, famintas, morrendo à míngua - sem comida, sem água para beber, sem roupas, sem teto.
Situação estranha....Nos países desenvolvidos, a cada seis meses eles têm que jogar no mar milhões de dólares em alimentos por causa das supersagras. Eles não querem sobrecarregar seus armazéns, não querem baixar os preços e destruir sua estrutura econômica. Por um lado, milhares de pessoas morrem de fome todos os dias na Etiópia; por outro lado, o Mercado Comum Europeu destrói tanta comida que o custo dessa destruição está na casa dos milhões de dólares. Esse não é o custo da comida; é o custo de jogá-la no mar.
Então, temos que unir o céu e a terra, a matéria e a alma. Não existe conflito entre a mátéria e a consciência, podemos ser prósperos nestas duas dimensões. Podemos ter tudo que o mundo pode oferecer, tudo o que a ciência e a tecnologia podem produzir, e ainda assim podemos ter tudo que alguém como Buda descobriram em seu mundo interior: AS FLORES DO ÊXTASE, A FRAGRÂNCIA DA DIVINDADE, AS ASAS DA LIBERDADE ABSOLUTA.
Tudo que a existência contém é para nós e temos que aproveitar isso de todas as maneiras possíveis - sem nenhuma culpa, sem nenhum conflito, sem ter que fazer escolhas. Aproveite tudo que a matéria é capaz de oferecer e rejubile-se com tudo de que a consciência é capaz.
FAÇA AS COISAS COM TODA A SUA ALMA, DE MODO MAIS INTENSO DE QUE VOCÊ FOR CAPAZ.
A ALEGRIA SURGE QUANDO VOCÊ FAZ UMA COISA DE CORPO E ALMA.
OSHO
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