Paz a todos

Paz a todos! Este blog destina-se a compartilhar conhecimentos que possam auxiliar à amplificação da consciência humana, de forma a alcançarmos a humanidade plena.

"Os obstáculos te parecerão grandes ou pequenos dependendo se você é grande ou pequeno."Orison Swett Marden

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música." Friedrich Nietzsche

“Palavras amáveis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são infinitos” Madre Teresa

"Somos todos fios frágeis, mas compomos uma esplêndida tapeçaria." Jerry Ellis

"Dê a cada pessoa o seu ouvido, mas a poucas a sua voz." William Shakespeare

"O que separa a alma do corpo não é a morte, é a vida."Paul Valéry

"O que não queiras que os outros te façam , não o faças aos outros." Confúcio

"As tragédias verdadeiras no mundo não são conflitos entre o certo e o errado. São conflitos entre dois direitos." Hegel


"Toda reflexão que leve o homem para fora do estreito círculo do seu egoísmo é saudável e boa para a alma, seja qual for o caminho pelo qual enverede essa reflexão. " Joseph Ernest Renan

"Nem o Sol nem a Lua podem refletir-se claramente na água lamacenta. Assim a alma universal não pode realizar-se perfeitamente em nós, enquanto não afastarmos o véu da ilusão, isto é, enquanto perdura o sentimento do eu e do meu."Ramakrishna

“É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela cintilante.” Friedrich Nietzsche


segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O êxtase interno


A alegria desta vida, a felicidade e o êxtase pertencem apenas àqueles cujo vinho não vem de fora — esse é muito efêmero, muito temporal, feito com o mesmo material que os sonhos são feitos. Existe um outro vinho que se desenvolve dentro de você.


No momento em que você começar a se mover para dentro, não haverá mais necessidade de coisa alguma para torná-lo alheio a todas as misérias que o rodeiam. Não haverá necessidade alguma de qualquer outra droga.Uns poucos idiotas no Ocidente começaram a chamar uma droga de ‘êxtase’. Bem, isso é absolutamente contrário a todas as leis do mundo. E o êxtase não é uma droga externa, ele flui no próprio sumo da vida.


Você não tem que mover nem mesmo uma polegada; onde estiver, você poderá estar rodeado por todas as possibilidades de felicidade. E essas possibilidades de felicidade não são temporais; e você não terá uma ressaca amanhã de manhã. Quanto mais você bebe, mais sóbrio, mais sadio, alerta e consciente você se torna. A não ser que uma droga seja encontrada dentro do seu ser, é muito provável que você vá procurá-la em algum outro lugar.


O meu entendimento é que, a não ser que o homem encontre uma droga dentro de si mesmo, a qual eu chamo êxtase, ele continuará procurando algum tipo de droga substituta no mundo externo. Somente a meditação pode fazer uma pessoa parar de usar drogas. Nenhuma lei consegue proibi-las – todas as leis fracassaram. Apenas criaram hipócritas.Eu não sou contra o êxtase, mas quando eu digo êxtase, eu não me refiro a essa droga que está disponível no mercado. Eu quero dizer o êxtase com o qual você nasceu, aquele que você ainda carrega dentro de si e no qual ainda não tocou. Com apenas uma pequena degustação dele, tudo mais do lado de fora imediatamente se torna sem sentido.Você tem a fonte do êxtase infinito dentro de si.


Sim, eu ensino vocês a serem bêbados, mas a sua bebida tem que vir do seu próprio centro mais interno. E a diferença pode ser facilmente compreendida: toda droga externa torna você inconsciente, viciado, e todo tempo você precisa de mais e mais, porque o seu corpo se tornará imune a ela.


O homem está tão cheio de veneno... Eu tenho me perguntado porque o homem permaneceu tão interessado em venenos. A razão não está muito longe; é preciso apenas clarear um pouco. O homem está tão miserável que ele não consegue viver conscientemente com essa miséria. Ele precisa de umas pequenas pausas, pelo menos uns dias de férias dessa angústia miserável, dessa ansiedade e de todas essas torturas. As drogas têm sido uma tremenda ajuda. Mas não apenas as drogas químicas — Karl Marx está correto quando diz que as religiões do mundo nada mais são que ópio do povo. Essas religiões têm provado ser um consolo. Elas têm dado uma esperança, elas apresentam um certo futuro e tiram sua consciência do presente e da sua miséria. Essa é a função de qualquer droga. O meu esforço aqui é fazê-lo abandonar todos os futuros, todas as esperanças, todas as ilusões, e simplesmente relaxar neste momento, sabendo perfeitamente bem que este é o único momento que existe.


Tudo mais é memória ou imaginação. Aquele que está no presente, imediatamente mergulha em seu próprio poço... Um poço de algo que não é venenoso, mas que é certamente extático. E uma vez que você conhece a sua própria fonte, não há necessidade alguma de ir a qualquer outro lugar, a qualquer bar ou a qualquer igreja ou a qualquer templo.


O jovem médico, inexperiente em operações, foi instruído para ficar de pé na cabeceira do paciente de modo que, sem perturbar o caminho, ele pudesse observar o especialista fazer uma operação abdominal. Ele também foi instruído a não falar. Mas, depois de um certo tempo, ele não resistiu e disse: "Como está essa parte aí, senhor?". "Tudo bem", disse o especialista, "Por quê?""Eu só queria saber, senhor," disse o rapaz, "porque esta parte aqui em cima já está morta há dez minutos."Ele tinha permanecido em silêncio porque lhe foi dito para não falar. O homem estava morto e o cirugião continuava a operação.


Existem algumas coisas, sobre as quais todas as tradições proibiram as pessoas de falar, e é preciso uma imensa coragem para ir contra toda a tradição da humanidade. Eu quero declarar isso. Deixem que isso fique registrado: a não ser que o homem encontre a droga autêntica, que está em seu próprio ser, não existe força alguma na terra que possa proibir o álcool, que possa proibir a maconha, que possa proibir o haxixe, que possa proibir o LSD. Mais e mais drogas surgirão e o que causa espanto é que as pessoas que estão tentando proibir essas coisas — noventa por cento delas, elas próprias são usuárias de drogas.


Talvez vocês nunca tenham pensado sobre isso, mas Jesus bebia álcool e nenhum cristão tem a coragem de dizer que um homem com as qualidades de Jesus não deve beber álcool. O jeito de me entender é lembrar sempre que eu estou insistindo — por todos os lados e de toda maneira possível — somente num simples alvo, que é o seu ser mais interno.


Eu quero que você abandone todos os jogos — jogos mundanos, jogos espirituais, jogos que toda a humanidade tem jogado até agora. Esses jogos mantêm você retardado. Esses jogos o impedem de crescer em consciência, em seu próprio florescimento supremo. Eu quero que você corte todo esse lixo que o impede.Eu quero deixá-lo só, absolutamente só, de modo que você não possa ter a ajuda de ninguém, de modo que você não possa se agarrar a nenhum profeta, de modo que você não possa pensar que o Gautama Buda vá salvá-lo. Ficando só, completamente só, é muito provável que você encontre o seu centro mais interno.Não há caminho algum, lugar algum para se ir, nenhum conselheiro, nenhum professor, nenhum mestre. Isso parece difícil, parece áspero, mas estou fazendo isso porque amo vocês e as pessoas que não fizeram isso, não amaram vocês de jeito algum. Elas amaram a si mesmas e amaram ter uma grande multidão ao redor delas — quanto maior a multidão, mais elas se sentiam nutridas em seus egos.Eis porque chamei a própria iluminação de o último jogo. Quanto mais cedo você abandoná-lo, melhor. Por que não, simplesmente ser? Por que correr desnecessariamente para cá e para lá? Você é o que a existência quer que você seja. Apenas relaxe.

O autoconhecimento


Quando existe uma data festiva, logo desejamos várias coisas boas para a pessoa, lhe felicitamos com votos de saúde, paz, felicidade, amor, sucesso, etc. Na verdade, todos nós buscamos revestir nossas vidas com estes atributos. Contudo, percebo que somente uma pequena parte das pessoas segue a estrada correta para alcançá-las.

Se queremos saúde, procuramos, por exemplo, nos alimentar melhor, fazer exercícios, ir ao médico regularmente; se queremos paz, acabamos evitando confrontos; se queremos amor, cedemos aos caprichos dos outros para sermos mais aceitos; se queremos felicidade, procuramos prazer em viagens, festas, bebida e aquisição de coisas materiais.

Entretanto, sinto que estes não são os caminhos mais garantidos de conseguirmos tudo aquilo que almejamos. Eles podem ter aparência de que estão nos conduzindo ao objetivo que perseguimos. Mas, de fato, somente pelo autoconhecimento, conseguiremos chegar ao destino, onde tudo aquilo começa a se concretizar, mas agora com outra roupagem, não são mais principais, são acessórios. Isto porque, pelo autoconhecimento iremos em linha reta para nossos objetivos de vida. Lá, encontraremos a paz, a saúde, o amor, a felicidade e tudo mais nos aguardando. Mas, acharemos mais, muito mais, finalmente nos encontraremos com nosso espírito, com nosso eu maior, com nossa parte divina.


A interiorização é um exercício muito importante para nossa alma. Ela se dá através da meditação ou pelo controle consciente dos pensamentos.

O contato com a natureza também é fundamental para recarregar nossas energias e nos levar a atingir o nosso eu maior, aquele que se encontra além de nossos pensamentos. A natureza possui energia pura e estreita nosso laço com o espírito, que também é divino.

Aliás, nós somos também natureza e somos perfeitos, plenos, ilimitados. Pense em uma árvore. Ela não precisa de muito para crescer e dar frutos. Precisa de água, terra e sol. Nós, humanos, precisamos também de sermos regados de amor, carinho, esperança, etc. Tudo isto é como se fosse a água, terra e sol para as plantas. Não precisamos tanto de alimento, precisamos mais de afeto; não precisamos tanto de bens materiais, precisamos de humildade; não precisamos tanto de remédios, precisamos perdoar com mais frequência. Aliás, é bom ressaltar que o ressentimento arruinou mais lares que o álcool e matou mais indivíduos do que a guerra.


Existem pessoas que têm ótima alimentação, mas são secas, frias, sem vida. Outras, comem "mal", mas têm saúde e vitalidade de sobra. Na vida, não existem regras rígidas, e todos dias vemos pessoas desafiando limites que até então eram consideramos impossíveis de serem superados. A maior riqueza que podemos possuir é a riqueza e abundância interior. E só a encontraremos quando voltamos a nossa fonte de energia, ao nosso eu, ao nosso espírito. As pessoas buscam prazer em coisas materiais, mas sentem cada dia mais frustração porque não conseguem nunca se saciar. Isto porque estão sedentas e famintas de afeto, de conteúdo espiritual.

Devemos sempre nos vigiar, vigiar nossas atitudes e reações. Devemos procurar nos aperfeiçoar a cada dia. Mas, somente conseguiremos isto se buscamos nos conhecer e esta busca é individual, ninguém pode fazê-la por nós, é cada um se buscando e se encontrando. Poderemos ter ajuda, aliás, Deus sempre nos mandam “anjos” com mensagens para nosso crescimentos, devemos ficar alertas para recebê-las. Estes “anjos” podem ser quaisquer pessoas que cruzem nossos caminhos. Por isto é essencial valorizarmos todos os seres humanos com os quais nos relacionamentos, pois sempre temos o que aprender com o outro. Como disse Mabel Collins: Ninguém é vosso inimigo, ninguém é vosso amigo, cada um é vosso instrutor.

Janaini - 18-10-2010

ONDE VOCÊ COLOCA O SAL?


O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.

-Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.

-Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:

-Beba um pouco dessa água.

Enquanto a água corria do queixo do jovem o Mestre perguntou:

- Qual é o Gosto?

- Bom! disse o rapaz.

- Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.

- Não disse o jovem.

O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:

- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.

Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.

*Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O que está em cima é igual ao que está embaixo


Uma máxima básica do ocultismo é O QUE ESTÁ EM CIMA É IGUAL AO QUE ESTÁ EMBAIXO. Assim como é o Todo em cima, são as PARTES embaixo. Este é o princípio no qual se baseiam dois outros postulados do ocultismo.

Primeiro, que tudo é criado à imagem de DEUS, isto é, "na imagem daquele em quem a criatura vive e se move e tem sua existência".

Em segundo lugar, que todas as coisas estão interligadas por um "continuum" (espaço-tempo contínuo), de modo que a menor das células não pulsa sem que os seus efeitos sejam sentidos no lugar mais remoto do sistema solar.

Assim, o Macrocosmo transmite-se para cada um de seus microcosmos. "O todo é igual às partes e as partes, ao todo; a diferença existe na magnitude e não na qualidade."


Cada entidade individual é criada à imagem de DEUS e é, portanto, uma cópia em miniatura do Universo inteiro. Isto é verdade por duas razões importantes. Primeiro, todas as coisas, desde a maior até a mais diminuta, são criadas à imagem da Realidade Absoluta Única. E mais especificamente, cada entidade é criada à imagem "daquele em quem ela vive e se move e tem sua existência."


Assim, por exemplo, a célula sanguínea é uma imagem espelhada do Universo inteiro. Mas, ao mesmo tempo é uma imagem específica da entidade (humana) em quem ela existe. Uma gota de águal do oceano contém todas as propriedades de todo o mar. Nosso suor e nossas lágrimas contém também sal em sua composição.


Todas as evoluções menores são imagens espelhadas do Homem. Portanto, o UM espelha a unidade absoluta dentro de todos os reinos da Natureza..."Tendo permeado o Universo inteiro com a Minha essência, eu permaneço...."

Douglas Baker

domingo, 25 de julho de 2010

Nossos dois tipos de sonhos


Gurdjieff nos informa que temos dois tipos de sonhos. O primeiro tipo é aquele que temos quando vamos dormir; este tipo não tem maiores conseqüências, pois seus problemas (pesadelos, por exemplo) terminam quando acordamos do nosso período normal de sono.

O segundo tipo de sonho é aquele que temos após acordarmos de nosso período normal de sono; este "sonhar acordado" é um sonho hipnótico que nos molda todos os atos que temos, no chamado "período de vigília"; esta situação hipnótica nos foi impingida desde o nosso nascimento pela sociedade que nos cerca, começando pelos pais e, posteriormente, se estendendo para os amigos, professores, parentes, conhecidos, grande mídia, etc.

Você pode pensar que há exagero nisto, e que você possui um total livre arbítrio para enfrentar o seu meio livremente. Mas não é bem assim. Tome, por exemplo, o nosso sentido da visão. Nós não enxergamos com os olhos: a informação visual passa a existir para nós apenas após sua decodificação por um lugar do cérebro (local totalmente escuro! Uma câmara escura...) chamado de córtex visual. Porém, durante o trajeto dos olhos até o córtex visual, a informação luminosa sofre uma edição (uma auto-censura) de acordo com os conceitos que aceitamos como verdadeiros desde o nosso nascimento (nossos pré-conceitos).

Essa edição das imagens visuais pode ser bastante severa. Quem assistiu o filme "Quem somos nós?", por exemplo, irá lembrar-se do fato ocorrido com os índios, quando da chegada de Cristóvão Colombo na América: os índios não conseguiam ver, inicialmente, as enormes caravelas de Colombo, estacionadas próximas da praia! Os índios nunca tinham visto uma caravela e, por isso, não conseguiam enxergá-las, apesar de estarem em frente às suas vistas; a edição visual era total no trajeto entre os olhos e o córtex cerebral desses índios.

Esse tipo de acontecimento continua ocorrendo rotineiramente hoje em dia conosco; alguém que não acredita, piamente, em discos voadores, pode ter dificuldade em os enxergar, apesar de estarem na sua presença. Certos objetos conhecidos, que tenham um buraco ocasional, podem ser enxergados sem esse buraco, devido a essa nossa edição visual; um editor/revisor pode detectar facilmente erros ortográficos que um escritor tinha certeza que não existiam na sua redação (pois o escritor realmente vê as palavras erradas, escritas por ele, da forma certa); etc etc.

Quando conseguimos acordar de nossos sonhos hipnóticos (e de nossos sonhos normais do período normal de sono) podemos passar a ter o que é conhecido como sonhos lúcidos, em que a realidade que nos cerca passa a ser percebida de uma forma mais real, consciente e verdadeira. Algo parecido com a vivência de um desdobramento astral consciente.

Rui Fragassi

Ressonância Schumann - Porque o tempo está passando mais depressa



Para você que se esqueceu que a Mãe Terra está vibrando em ritmo mais acelerado, segue abaixo o texto sobre a RESSONÂNCIA SCHUMANN, que explica porque o dia tem agora 16h e não 24h. Programe-se para vibrar em sintonia com o Coração da Mãe Terra, pois só assim você vai conseguir dar conta da sua agenda pessoal em sintonia com a Agenda Cósmica ...


Não apenas as pessoas mais idosas, mas também as jovens passam pela experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real? Pela ressonância Schumann, se procura dar uma explicação.
O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz. Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas, submetidos à ação de um simulador Schumann, recuperavam o equilíbrio e a saúde.
Por vários anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz . Ao invés de 24h, o dia tem 16h . O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória,mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.
Gaia, esse super-organismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra. A tese recorrente entre grandes cientistas e biólogos é de que a Terra, efetivamente, é um super-organismo vivo, de que Terra e humanidade foram feitos para estar sempre em harmonia, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, precisamos da Terra que nossa casa é, que amamos. Porque? Segundo a teoria de Schumann, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann."
Autor: Leonardo Boff

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O despertar de uma nova consciência


Toda forma de vida em qualquer reino estudado pelas ciências naturais – mineral , vegetal, animal e humano; pode passar pelo processo de iluminação.

O que poderia ser mais pesado e mais impenetrável do que uma rocha, a mais densa de todas as formas? Ainda assim, algumas rochas passam por uma mudança na sua estrutura molecular, convertendo-se em cristais, tornando-se transparentes à luz. Há carbonos que, sob uma pressão e um aquecimento extraordinário viram diamantes, enquanto determinados minerais pesados se transformam em outras pedras preciosas.

Quase todos os répteis, as mais terrenas de todas as criaturas, permaneceram imutáveis por milhões de anos. Alguns deles, contudo, desenvolveram penas e asas e se transformaram em aves, desafiando assim a força da gravidade, que os dominara por tanto tempo. Não é que eles tenham apenas passado a rastejar e caminhar melhor – esses animais transcenderam completamente a capacidade de realizar esses dois tipos de movimento.

Desde os tempos imemoriais, as flores, os cristais, as pedras preciosas e as aves têm um significado especial para o espírito humano. A exemplo de todas as formas vivas, esses elementos são, é claro, manifestações temporárias da vida subjacente as Consciência Única.

Seremos capazes de perder a densidade das nossas estruturas mentais condicionadas e nos tornar como cristais e pedras preciosas, isto é, transparentes à luz da consciência? Conseguiremos desafiar a atração gravitacional do materialismo e da materialidade e permanecer acima da identificação com a forma, que mantém o ego imóvel e nos condena à prisão dentro da nossa própria personalidade?
A possibilidade de ocorrer uma transformação desse tipo tem sido a essência dos ensinamentos de grande sabedoria da humanidade. Os mensageiros – Buda, Jesus e outros, nem todos conhecidos, foram as primeiras flores do gênero humano. São chamados precursores, seres raros e preciosos.
Um ponto essencial do despertar é a identificação daquela parte em nós que ainda não se modificou, o ego da maneira como ele pensa, fala e age, assim como o reconhecimento do processo mental condicionado coletivamente que perpetua esse estado não desperto. Quando você descobre a consciência em si próprio aquilo que torna o reconhecimento possível é o surgimento da consciência, é o despertar. Você não pode lutar contra o ego e vencer, assim como não consegue combater a escuridão. A luz da consciência é tudo o que é necessário. Você é essa luz.

Se examinarmos mais detidamente as antigas religiões e tradições espirituais da humanidade, veremos que, por baixo de grande parte das diferenças superficiais que elas apresentam, há duas idéias centrais com as quais a maioria delas concorda.

De acordo com Buda, a mente humana no seu estado normal produz “dukkha”, termo páli que pode ser traduzido como sofrimento, insatisfação ou tristeza, entre outros. Para ele essa é uma característica da condição humana. Não importa onde vamos e nem o que façamos, disse o mestre, encontraremos dukkah, e isso se manifestará em todas as situações cedo ou tarde.

De acordo com os ensinamentos cristãos, o estado coletivo normal da humanidade é o de “pecado original”. A palavra “pecado” tem sido incompreendida ao longo dos séculos. Traduzida de forma integral do grego antigo, idioma em que o Novo Testamento foi escrito originalmente, ela significa erra o alvo, como na situação de um arqueiro que falha em atingir ponto de mira. Corresponde a viver de uma maneira desorientada, cega e, portanto sofrer e causar sofrimento. Uma vez mais essa palavra, despojada de sua bagagem cultural e de sentidos equivocados, indica o distúrbio inerente à condição humana.

As conquistas da civilização são admiráveis e inegáveis. Criamos obras sublimes de música, literatura, pintura, arquitetura e escultura. Mais recentemente, a ciência e tecnologia estabeleceram mudanças radicais na maneira como vivemos e nos capacitaram a produzir inventos que teriam sido considerados miraculosos até mesmo 200 anos atrás. Não há duvida: a mente humana possui um altíssimo grau de inteligência. Ainda assim, essa inteligência é tingida pela loucura. A ciência e a tecnologia aumentaram o impacto destrutivo que o distúrbio da mente humana tem sobre o planeta, sobre as outras formas de vida e sobre as próprias pessoas. Por isso é na história do século XX que essa disfunção, ou essa insanidade coletiva, pode ser reconhecida com mais nitidez. Um fator adicional é que essa perturbação está de fato se intensificando e se acelerando.

Os seres humanos sofreram mais nas mãos uns dos outros do que em decorrência de desastres naturais. Em 1914, a mente humana altamente inteligente inventou não só o motor de combustão interna como também bombas, metralhadoras, submarinos, lança-chamas e gases venenosos. A inteligência à serviço da loucura! Nas trincheiras estáticas da guerra na França e na Bélgica, milhões de homens pereceram para ganhar alguns poucos kilometros de lama.

No fim do século XX, o número de pessoas mortas violentamente pela mão de outras chegou a mais de 100 milhões. Essa mortes foram causadas não apenas por guerras entre países, mas também pelo extermínio em massa e o genocídio, com a execução de 20 milhões de “inimigos de classe”, espiões e traidores” na União Soviética, durante o governo de Stálin, e o Holocausto na Alemanha nazista, que deixou um registro de horrores indescritíveis.

Basta assistirmos ao noticiário para ver que a loucura não arrefeceu, ela continua no século XXI. Um dos aspectos do distúrbio coletivo da mente humana é a violência sem precedentes que estamos infligindo a outras formas de vida e ao próprio planeta – a destruição de florestas, que produzem oxigênio, e de outros seres vegetais e animais; os maus-tratos aplicados a animais em propriedades rurais voltadas à produção comercial; e o envenenamento de rios e oceanos e do mar. Motivados pela cobiça, ignorantes da nossa interdependência do conjunto como um todo, persistimos nu comportamento que, se continuar indiscriminadamente, resultará na nossa própria destruição.

As manifestações coletivas de insanidade que se encontram na essência da condição humana constituem a maior parte da história da nossa espécie. E, em grande medida, essa história é de loucura. Se ela fosse o relato do caso clínico de uma única pessoa, o diagnóstico seria: ilusões paranóicas crônicas, propensão patológica para cometer assassinato e atos de extrema violência e crueldade contra inimigos imaginados – sua própria consciência projetada exteriormente. Um insanidade criminosa com breves intervalos de lucidez.

Medo, cobiça e desejo de poder são as forças motivadoras psicológics que estão por trás não só dos conflitos armados e da violência envolvendo países, tribos, religiões e ideologias, mas também do desentendimento incessante nos relacionamentos pessoais. Elas produzem uma distorção na percepção que temos dos outros e de nós mesmos. Por meio delas interpretamos erroneamente todas as situações, o que nos leva a adotar uma ação equivocada para nos livrarmos do medo e satisfazermos nossa necessidade interior de alcançar mais, um poço sem fundo que nunca pode ser preenchido.

Numerosos ensinamentos espirituais nos dizem para abandonar o medo e o desejo. Mas, em geral esses métodos espirituais não atingem esse objetivo. Não chegam à verdadeira causa do distúrbio. Medo,cobiça e desejo de poder não são os fatores causais supremos. Tentar ser uma pessoa boa ou melhor parece algo recomendável e evoluído a fazer; ainda assim, não é um empreendimento que alguém consiga realizar com total sucesso, a não ser que ocorra uma mudança em sua consciência.

Ninguém se torna bom tentado ser bom, e sim encontrando a bondade que já existe dentro de si mesmo e permitindo que ela sobressaia. No entanto essa qualidade só se distingue quando algo fundamental muda no estado de consciência da pessoa.
Eckhart Tolle

Vegetarianismo nos tempos atuais



Uma das grandes contradições de todo o desenvolvimento é a de que milhares de seres humanos morrem de fome. De outro lado , o que se gasta para alimentar o gado, daria para alimentar toda a população com fome em nosso planeta. Não precisaríamos destruir florestas para transformá-las em pastos, preservando mais o nosso meio-ambiente.


Para se produzir 450 grs. de carne de vaca, são necessários 3Kg de sementes. Estes, por sua vez requerem 3.000 litros de água. No mundo inteiro é cada vez maior a quantidade de água usada em porcos e galinhas, em vez de serem empregadas na irrigação das plantações destinadas ao consumo direto.


Uma grande solução para um planeta com fome, seria transformar os pastos em campos de agricultura. Os países em desenvolvimento onde milhões de pessoas passam fome exportam grãos aos países desenvolvidos para alimentar os animais servidos nas mesas. Se consumirmos os grãos que cultivamos em vez de dá-los aos animais, acabaríamos com a escassez de alimentos, cem acres produzem carne para vinte pessoas, mas graos suficientes para alimentar duzentose quarenta.


Nos EUA o volume de fezes animais é 130 vezes supeior ao de excrementos humanos. As fezes de vaca tem provocado mortes de peixes e surgimento de doenças. Sabe-se que uma uma fazenda em Utah, produz mais dejetos do que a cidade de Los Angeles.


Da Indonésia à Amazônia as florestas estão sendo queimadas para servirem de areas de pasto. Na China, a ampliação do consumo de carne, resultou em uma maior incidência de casos de obesidade, doenças cardíacas, câncer de mama e de cólon

Drº Vernon Coleman – Membro da Sociedade Real de Medicina na Inglaterra - , autor de inúmeros livros e artigos na área da medicina humana e do combate à experimentação animal, afirma que nos Estados Unidos, 55% de toda a produção de antibióticos é destinada aos animais e o índice de infecções causadas por estafilococos resistentes à penicilina subiu de 13% em 1960 para 91% em 1988. Os animais sofrem dor e medo como nós. Passam as últimas horas de sua vida trancados em um caminhão, encerrados com centenas de outros animais, igualmente apavorados, e depois são empurrados para um corredor da morte ensopado de sangue. Ele afirma também que Consumidores de carne estão mais propensos às seguintes enfermidades: anemia, apendicite, artrite, câncer da mama, câncer do cólon, câncer da próstata, prisão de ventre, diabete, cálculos biliares, gota, pressão alta, indigestão, obesidade, hemorróidas, enfartos e varizes. O índice de pessoas hospitalizadas que são vegetarianas a vida toda é 22% menor do que o das que se alimentam de carne — e o período de internação também é menor. O nível de colesterol dos vegetarianos é 20% mais baixo e isto reduz consideravelmente a incidência de enfartos e o risco de câncer.

Porque comer carne não é tão natural assim ! Para nós, alguns macacos e outros animais.
As feras se deliciam quando vêem um corpo esquartejado saindo sangue, e os levam para os seus filhotes, é um grande prazer. Nós sentimos enjôo, ficamos chocados.

Um dos maiores filósofos gregos, Pitágoras, condenava o hábito de comer carne. Os pitagóricos eram vegetarianos e faziam refeições simples. Um pouco mais tarde na Grécia havia Hipócrates, o Pai da Medicina. Foi o maior médico da Grécia, e dizia:
“Todo o homem deve ser um aprendiz da natureza. Se realmente deseja cumprir o seu dever, deve tratar de conhecer as relações que existem entre a saúde do homem e a sua alimentação”.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Prana


É a energia cósmica do universo (pelo menos a parte que está acessível à nossa dimensão). Os hindus a chamam de Prana (ou Purana), os chineses de Chi (ou Ki), Wilhelm Reich chamava de Orgone, e no espiritismo se conhece por Energia imanente (ou primária).Pode ser visto em dias de sol, com o céu bem aberto. Para isso, fiquem deitados de costas, olhando para o céu. Após algum tempo a vista relaxa, abrindo o campo da retina, e será possível ver minúsculas bolinhas brancas, às vezes com um pronto preto. Surgem por um segundo ou dois, deixam um ligeiro traço e tornam a desaparecer. Se você persistir na observação e expandir a visão, começará a ver que todo o campo pulsa num ritmo sincronizado.


Nos dias de sol, as bolinhas de energia, brilhantes, movem-se depressa. Nos dias enevoados, mais translúcidas, movem-se devagar e são em menor número. Numa cidade envolta em névoa e fumaça, são menos ambundantes, escuras, e movem-se muito devagar.


No Oriente dá-se o maior valor à respiração, pois é através dela que retiramos a energia para o nosso veículo extrafísico. Nós fazemos isso toda noite, ao dormir. O corpo astral fica planando pouco acima do físico pra poder "se encher" de prana (através dos chakras). Infelizmente isso é um processo inconsciente e poucos lembram de algo assim. Mas existem técnicas e mais técnicas de Yoga pra absorção do Prana acordados. Recomenda-se fazer isso logo pela manhã, pois o ar é mais rico em energia. Uma outra técnica, aprendida com Oráculo, recomenda que se coloque um copo com água pra receber os primeiros raios do sol. Assim, a água se energiza, pois ela absorve muito prana. É dessa forma que o planeta se limpa dos miasmas mentais de seus habitantes. Imagine a poluição mental que fica no ar com tanto stress, violência, desesperança, fome, etc. A chuva é um bálsamo, pois os pingos, ao caírem, vão "recolhendo" o prana da atmosfera e, como flechas, destroem as energias do pensamento de baixa vibração (que por isso mesmo ficam poluindo o ar mental, como nuvens de CO2 poluem o ar físico). É por isso que invariavelmente chove (e muito) após o carnaval. Pelo menos em Olinda é tiro e queda! Após uma chuva forte dessas, vá para a rua e sinta o ar. É MUITO agradável!Há um episódio com Divaldo Pereira Franco, onde ele reclamou da tempestade que caía durante sua palestra e a mentora dele (Joana de Ângelis) lhe falou:Meu filho, porque recalcitras? Tu achas que deves dizer a Deus o que fazer? Se choveu, havia uma razão. (...) quando foi anunciada a palestra, o Mentor da comunidade pediu aos céus para que uma tempestade varresse o ar, retirasse os miasmas... (Eu me lembrei de Obreiros da Vida Eterna, de André Luiz, ao referir-se ao fogo purificador para limpar a psicosfera.) E agora - prosseguiu ela - que a mensagem terminou, esses vibriões mentais, essas construções pestíferas do ódio foram afastadas ou destruídas pelos raios, os trovões, a chuva, e a paz permanecerá neste ambiente. Nunca suponhas que o Senhor não sabe. Aprende a submeter-se sem sugerir.


Atitudes que drenam energias


1. *Pensamentos obsessivos - *Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.


2. *Sentimentos tóxicos - *Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. *Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - *Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. *Fugir do presente -* As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: "bons tempos aqueles!", costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. *Falta de perdão -* Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica "energeticamente obeso", carregando fardos passados.

6. *Mentira pessoal -*Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. *Viver a vida do outro -* Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. *Bagunça e projetos inacabados - *A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro "escape" de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe "diz" inconscientemente: "você não me terminou! Você não me terminou!" Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. *Afastamento da natureza - *A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.*Novamente -* posicionar os móveis de maneira correta, usar espelhos para proteger a entrada da casa, colocar sinos de vento para elevar a energia ou ter fontes d'água para acalmar o ambiente são medidas que se tornarão ineficientes se quem vive neste espaço não cuidar da própria energia. Portanto, os efeitos positivos da aplicação do Feng Shui nos ambientes estão diretamente relacionados à contenção da perda de energia das pessoas que moram ou trabalham no local. O ambiente faz a pessoa, e vice-versa.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ser, fazer e ter


O que você quer para a sua vida?

Pense alguns minutos… Se puder, escreva rapidamente umas cinco frases sobre isso antes de continuar a leitura.

Agora analise como você respondeu. Você usou SER, TER ou FAZER (ou uma idéia correspondente a cada um) para responder a pergunta?

Normalmente, nós respondemos coisas como “Quero terminar a faculdade, ter um emprego legal para poder ter minha casa, viajar,…” ou “Quero ter uma família legal, estudar no exterior e trabalhar pelo menos cinco anos na Europa”. O que essas respostas possuem em comum?
A nossa tendência é descrever e buscar o que queremos TER na vida. E onde fica o que queremos SER?

Quando pergunto isso às pessoas, muitas têm idéia daquilo que gostariam de SER, mas dizem que para ser o que querem, primeiro precisam ganhar dinheiro ou pagar as contas ou ter um emprego legal.

O tempo vai passando e, pensando assim, acabamos nos perdendo correndo atrás do que queremos TER, sempre adiando o que queremos SER, até que chega o final da nossa vida e ai não dá mais para voltar atrás…

Vamos refletir sobre isso! Será que realmente precisamos primeiro TER para depois SER?

Pense na pessoa mais feliz que você conhece? Agora, analise rapidamente a vida dela e tente perceber o que a faz feliz.

Será que é o que ela tem? Provavelmente você perceberá que ela é feliz porque é aquilo que gostaria de SER e também tem tudo que precisa para isso. E como ela conseguiu SER e TER?

As pessoas felizes que conheci pessoalmente ou que conheço a história de vida normalmente dizem que usaram suas energias para realizar seus sonhos, sendo aquilo que queriam ser, fazendo aquilo que queriam fazer e que, apesar de alguns desafios e dificuldades no inicio, conseguiram ter tudo que queriam ter.

Aquele que mais marcou a história da nossa humanidade, que transformou mais pessoas e que é o maior exemplo que temos, fez tudo isso porque escolheu ser aquilo que ele queria ser e fez tudo que precisou para isso. O nome dele: Jesus.

Portanto, volte à pergunta inicial e a responda toda em termos de SER. Depois, use a sua energia para se planejar e FAZER isso acontecer. O resultado disso sabe qual será? Você terá aquilo que quer e mais: será feliz!

Agora que você já sabe isso, busque ferramentas que te ajudem a se conhecer melhor e a conhecer melhor o mundo em que vive. Leia a história de pessoas de sucesso, leia livros que falem como as pessoas funcionam. Adquira os recursos que precisa para ser exatamente aquilo que quer SER e SEJA.

Marcelo Fellipe

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A causa não está fora



Sempre que você sentir que alguma coisa está errada primeiro encontre a causa em si mesmo. Não vá a nenhum lugar.


Você é a causa de tudo que está te acontecendo. Você é a causa e o mundo é apenas o espelho, porem você sempre responsabiliza os outros. É sempre um consolo encontrar a causa em outro lugar.
Assim, você nunca sentirá culpa nem autocondenação. Se a causa está fora, você só resolve se a causa mudar. Você pode escapar com isso, isso é um truque. Assim sua mente vai continuar projetando a causa em alguém ou fora. Todo mundo está perturbado por causa de alguém mais, e todo mundo sempre pensa que a causa existe externamente.


Você está perturbado por causa de alguém e essa pessoa está perturbada por causa de você. E você está criando tudo a sua volta, projetando, ficando temeroso, ferido e fazendo esforços para se defender, daí vem a miséria, frustrações e conflito, depressão e luta.

A coisa toda é estúpida e permanecerá a menos que você mude sua atitude. E tente sempre primeiro encontrar a causa dentro de si.

Quando descobre que foi você quem criou a situação fica mais fácil de resolver, pois se você é o responsável pela entrada saberá onde está a saída.

Kallim

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O encontro entre o céu e a terra


O ocidente está sofrendo com o excesso de ciência e o oriente, com o excesso de religião. Agora precisamentos de uma nova humanidade em que religião e ciência tornam-se dois aspectos de uma só humanidade. Depois que tivermos trazido à existência essa nova humanidade, a terra pode se tornar, pela primeira vez, o que ela devia ser: um paraíso.

O novo ser humano deve ser a união entre o céu e a terra. Não deve haver cisão entre matéria e espírito, entre o mundano e o sagrado, entre esse mundo e o outro. Não pode haver cisão porque toda cisão é uma cisão em você. E, toda pessoa, todo ser humano que esteja dividido de si mesmo acaba ficando louco, ensadecido. Estamos vivendo em uma mundo louco e insano. Ele só recuperará a sanidade quando essa cisão puder ser desfeita.

A espécie humana viveu ou acreditando na realidade da ala e no caráter ilusório da matéria, ou na realidade da matéria e no caráter ilusório da alma. Mas a realidade do ser humano é a união entre as duas coisas. Não somos só espiritualidade - só consciência- nem somos só matéria. SOMOS UMA HARMONIA PERFEITA ENTRE MATÉRIA E CONSCIÊNCIA.

Você não pode viver como se fosse apenas um corpo. Foi isso que Jesus quis dizer quando afirmou: "Nem só de pão vive o homem". Mas, também não pode viver sem pão. Você tem as duas dimensões no seu ser e ambas tem que ser satisfeitas, tem que ter a mesma oportunidade de crescimento.

Se você ouvir apenas o corpo, você se condena a uma existência sem sentido. Se não ouve o corpo, você sofre -fica com fome, fica pebre, fica com sede. Se ouvir apenas a consciência, o seu crescimento ficará desequilibrado. A sua consciência crescerá, mas seu corpo vai definhar, e não haverá equilíbrio.

Mas, é no equilíbrio que está a sua saúde, é no equilíbrio que está a inteireza, é no equilíbrio que está a sua alegria, a sua canção, a sua dança.

O materialista preferiu ouvir o corpo e fazer ouvidos moucos para tudo que se refere à realidade da consciência. O resultado final é uma grande ciência, uma grande tecnologia - uma sociedade afluente, abundância de coisas mundanas. E, em meio a toda essa abundância, existe um ser humano pobre e sem alma, completamente perdido - sem saber quem ele é, sem saber porque eiste, sentido-se quase um acidente da natureza. As vez de criarem uma vida bonita para você, as coisas criaram uma vida, que, aos olhos das pessoas inteligente, não vale a pena viver.

No passado, o oriente optou por dar ênfase à consciência e condenar a matéria e tudo que fosse material, inclusive o corpo. O oriente criou Buda e várias outras outras pessoas de grande consciência, de grande percepção. Mas também criou milhões de pessoas pobres, famintas, morrendo à míngua - sem comida, sem água para beber, sem roupas, sem teto.

Situação estranha....Nos países desenvolvidos, a cada seis meses eles têm que jogar no mar milhões de dólares em alimentos por causa das supersagras. Eles não querem sobrecarregar seus armazéns, não querem baixar os preços e destruir sua estrutura econômica. Por um lado, milhares de pessoas morrem de fome todos os dias na Etiópia; por outro lado, o Mercado Comum Europeu destrói tanta comida que o custo dessa destruição está na casa dos milhões de dólares. Esse não é o custo da comida; é o custo de jogá-la no mar.

Então, temos que unir o céu e a terra, a matéria e a alma. Não existe conflito entre a mátéria e a consciência, podemos ser prósperos nestas duas dimensões. Podemos ter tudo que o mundo pode oferecer, tudo o que a ciência e a tecnologia podem produzir, e ainda assim podemos ter tudo que alguém como Buda descobriram em seu mundo interior: AS FLORES DO ÊXTASE, A FRAGRÂNCIA DA DIVINDADE, AS ASAS DA LIBERDADE ABSOLUTA.

Tudo que a existência contém é para nós e temos que aproveitar isso de todas as maneiras possíveis - sem nenhuma culpa, sem nenhum conflito, sem ter que fazer escolhas. Aproveite tudo que a matéria é capaz de oferecer e rejubile-se com tudo de que a consciência é capaz.

FAÇA AS COISAS COM TODA A SUA ALMA, DE MODO MAIS INTENSO DE QUE VOCÊ FOR CAPAZ.

A ALEGRIA SURGE QUANDO VOCÊ FAZ UMA COISA DE CORPO E ALMA.

OSHO

sábado, 15 de maio de 2010

Não use este planeta como uma sala de espera


Apenas não use este planeta como uma sala de espera em uma estação ferroviária. Eu tenho viajado por anos, tenho estado em milhares de salas de espera e visto uma cena estranha. Pessoas jogando suas cascas de banana no chão, cuspindo no chão, mesmo quando eu lhes pergunto: "O que você está fazendo?!" Elas me respondem dizendo: "Esta é apenas uma sala de espera. Não é casa de ninguém. Quem se importa? Apenas mais dez minutos e meu trem está chegando!"


É verdade que o trem está chegando, mas o trem trará alguns passageiros que ficarão nesta sala de espera com a sua casca de banana!Você é um convidado. Deixe esta terra um pouco mais bonita, um pouco mais humana, um pouco mais amável, um pouco mais perfumada para todos os hóspedes desconhecidos que virão depois de você.


Uma antiga história sufi: o rei de Bagdá costumava dar uma volta pela cidade em seu belo cavalo, só para ver como estavam as coisas — é claro que ele ia disfarçado, e não como rei —, assim ele podia ver como era a realidade. Se ele fosse como rei, então ele veria apenas o que era bonito e a ele não seria mostrada a face verdadeira das coisas — ele veria somente a máscara.Todos os dias ele via um homem, um homem muito velho, talvez com mais de cem anos, trabalhando no jardim, plantando mudas, mas essas mudas não eram de plantas ornamentais. Se fossem flores ornamentais não haveria nenhum problema. Mas eram mudas de cedros do Líbano, que crescem trinta metros, sessenta metros de altura, quase tocando as estrelas, e eles levam centenas de anos para atingir essa altura. Eles vivem mil anos, dois mil anos, três mil anos e são umas das árvores mais bonitas.O rei ficou perplexo porque aquele velho, que estava com cem anos, não poderia nem mesmo ter esperança de ver a próxima primavera. Suas mãos estavam tremendo, ele era tão frágil, a qualquer momento a morte poderia levá-lo embora. E por que ele estava plantando aqueles cedros? Ele não os veria crescer, não os veria chegar à fase adulta, não veria a beleza deles quando eles começassem a tocar as estrelas.Por fim, foi impossível para o rei a resistir à tentação. Um dia ele parou seu cavalo, foi em diração ao velho e disse: "Eu não deveria interferir em seu trabalho, mas eu não posso resistir à tentação."O velho respondeu: "Não há nada com que se preocupar, meu filho. Você pode perguntar o que quiser." O rei disse: "A minha pergunta é: você nunca será capaz de ver essas árvores tornarem-se adultas, você terá ido muito antes disso ...."O velho falou: "Isso é verdade." O rei disse: "Você sabe que é verdade e ainda assim você continua fazendo isso?"O velho disse: "Se meus antepassados não tivessem plantado as sementes — basta ver do outro lado do meu jardim os altos cedros Líbano — eu nunca os teria visto. Se os meus antepassados não tivessem sido tão generosos com as crianças que ainda não conheciam, que ainda estavam por vir, que seriam os visitantes, que seriam os hóspedes.... Ainda assim eles trabalharam duro e criaram essas árvores monumentais. Olhando essas árvores eu reuni coragem e trabalhei duro, porque certamente eu não verei o belo crescimento, mas alguém verá. Meus netos, ou talvez até mesmo os filhos deles, poderão ver quando elas chegarem a sua glória plena. É o suficiente para que eu não seja desleal com meus antepassados. Se eles puderam confiar no futuro, no hóspede desconhecido, eu também posso confiar. "


Somos todos hóspedes, mas não use este belo planeta como uma sala de espera de estação ferroviária. Não é uma sala de espera. É a nossa casa, por enquanto, e ainda vai ser a casa de alguém. Não seja tão miserável a ponto de dizer: "Irei embora — daqui a dez minutos o trem chegará, então quem se importa se eu deixar a sala de espera suja?"


Ninguém pertence a este planeta. Mas a partir do momento em que estamos aqui, e neste momento temos que estar aqui totalmente, intensamente, temos que fazer deste momento o mais bonito possível. Temos que viver nossa vida como uma dança, então, quando saímos, quem vier depois de nós vai achar que as pessoas que estiveram aqui não eram pessoas medíocres; "eles deixaram flores e perfumes, eles deixaram os ecos de suas canções e suas danças, eles deixaram as suas pegadas em puro ouro vinte e quatro quilates.


Não é ruim que sejamos hóspedes. É uma grande oportunidade: o planeta, a existência tem sido tão generosa, tão gentil, tão amável, tão receptiva que regozijou-se com o fato de você estar aqui. Deixe a sua marca. Você pode ter ido, mas o seu riso pode permanecer. Você pode ter ido, mas a sua dança pode permanecer. Você pode ter ido, mas a maneira como você viveu vai continuar criando suas vibrações próprias. No futuro as pessoas lembrarão, com gratidão, de que são herdeiros de um grande planeta e de uma grande raça de seres humanos.

Osho, em "The Golden Future

Se você não espera, toda a desesperança desaparece


A desesperança vem do excesso de esperança. Se você não espera, toda a desesperança desaparece. Se espera demais, a frustração é garantida .


Se está querendo ter sucesso, fracassará com certeza. Tudo aquilo que você tenta com afinco exagerado produz o contrário.


Você deve estar querendo com muito afinco concretizar alguma esperança, e é aí que surge a desesperança.


Se quiser mesmo se livrar da desesperança - e todo mundo quer -, então livre-se da esperança.


Abandone toda esperança e de repente verá que, com ela, a desesperança também desaparece.


Assim você alcançará a tranquilidade interior, na qual não há esperança - e tampouco desesperança. Estará simplesmente calmo, quieto e sereno - um reservatório profundo de energia, um lago fresco de energia.Mas, para isso, você precisa sacrificar a esperança. A questão mostra que você ainda está esperando...


Vá um pouco mais fundo e mais longe - se estiver totalmente sem esperança, a desesperança desaparece.

Osho, em "A Música Mais Antiga do Universo

A maior parte dos milagres é ficção



Osho disse: "Eu não acredito em milagres, mas ainda assim os milagres acontecem. E pelo fato de não acreditar em milagres, eu não posso reivindicar ser o fazedor. No máximo, eu sou também um observador. Eu me lembro de um dos maiores místicos que este país produziu: Ramakrishna. Ele era um dos homens mais simples que pode existir. Um dia, um grande santo que era muito conhecido por seus milagres veio até ele. Ramakrishna estava sentado às margens do rio em Dakshineshwar, próximo de Calcutá, onde o Ganges se torna imenso e muito lindo. O santo estava muito orgulhoso dos milagres que costumava fazer. E ele veio com o propósito específico de mostrar a Ramakrishna como a sua religiosidade era inútil. Ele disse com grande orgulho e ego em seu coração, ‘O que você está fazendo sentado debaixo desta árvore? Vamos caminhar sobre o Ganges, sobre as suas águas.’ Ramakrishna disse, ‘Você veio de muito longe. Descanse um pouco e, depois, nós poderemos ir caminhar sobre o Ganges.’ O homem sentou-se e Ramakrishna lhe disse, ‘Posso lhe perguntar uma coisa? Quanto tempo você levou para aprender a arte de caminhar sobre as águas?’ O homem disse, ‘Quase trinta e seis anos.’ Ramakrishna riu e disse, ‘Quando eu quero ir para a outra margem do rio, o preço é de apenas dois centavos, mas o barqueiro nunca me cobra, pois vê que eu sou um homem pobre. Você desperdiçou trinta e seis anos numa arte que vale apenas dois centavos. Você deve ser um idiota.’


Mesmo que você consiga caminhar sobre águas, isto não torna você espiritual, isto não lhe dá um vislumbre do divino. Ao contrário, isto o leva a uma distância maior de Deus. Você se torna mais egoísta, porque consegue fazer algo que os outros não conseguem.


Um jovem morreu e ele era a única esperança para a sua mãe. O pai havia morrido, assim como haviam morrido seus outros irmãos e irmãs. A mãe estava vivendo apenas com esse rapaz. E este rapaz também morreu. A mãe quase ficou louca. Ela chorava aos prantos e pedia a todo mundo, ‘Digam-me o nome e o endereço de um médico que possa curar e trazer de volta meu filho, porque sem ele eu não consigo viver, eu não tenho nenhuma razão para viver. Eu já tenho carregado tantas feridas: meus outros filhos morreram, meu marido morreu. Mas eu consegui manter o controle por causa deste pequeno e lindo rapazinho, mas agora ele também se foi.’
Alguém lhe disse, ‘Não se preocupe, Goutama Buda chegou na cidade hoje. Ele está no mangueiral, na outra parte da cidade. Leve o rapaz até Goutama Buda.’ A mulher com grande esperança e um grande desejo foi até Goutama Buda, levando o cadáver de seu filho. Ela colocou o corpo de seu filho aos pés de Goutama Buda e disse, ‘Se você é verdadeiramente espiritual, se você está acordado, então dê a vida de volta ao meu filho.’ Goutama Buda disse, ‘Isto não é difícil. Apenas uma pequena condição você terá que cumprir.’ A mulher disse, ‘Eu cumprirei qualquer condição.’ Ele disse, ‘Não é uma grande condição. Eu sei que toda a sua vila está colhendo sementes de mostarda. Você vai e me traga apenas uma mão cheia de sementes de mostarda.’ A mulher começou a correr e disse, ‘Eu estarei de volta em poucos minutos.’ Buda lhe disse, ‘Você tem que ouvir toda a condição. A condição é: as sementes de mostarda devem vir de uma família onde jamais alguém tenha morrido.’

A mulher estava em tal miséria que nem percebeu qual era o propósito. Ela correu de casa em casa. E as pessoas diziam, ‘Nós podemos lhe dar tantas sementes de mostarda quantas você queira. Nós podemos trazer todas as sementes de mostarda da vila para que o seu filho possa ser trazido de volta à vida. Mas nossas sementes não lhe serão de ajuda alguma, porque muitas pessoas já morreram em nossas famílias e você não conseguirá encontrar uma família na qual ninguém tenha morrido.’ O número de pessoas mortas em todas as famílias era maior do que o número de vivos. Seus pais morreram, seus avós morreram, e assim por diante. Desde Adão e Eva as pessoas nada mais têm feito senão morrer. A fila de mortos é muito grande atrás de cada pessoa. Mas ela foi de casa em casa e pouco a pouco, já no final da tarde, ela chegou à consciência. Suas lágrimas secaram, ela voltou ao Goutama Buda e tocou-lhe os pés, dizendo, ‘Perdoe-me sobre o rapaz, neste mundo todo mundo morre. Não importa quando. Inicia-me como sua sannyasin, assim eu poderei experienciar algo que não morre, algo que é imortal, algo que é eterno, que vive para sempre.’ Buda lhe disse, ‘Você é inteligente e compreendeu o meu propósito.’ A mulher tornou-se não uma sannyasin comum. Ela iluminou-se antes que Buda morresse. Ela foi a sua primeira discípula, mulher, que se iluminou. Seu nome era Kisha Goutami. Eu chamo a isto um milagre.


Os verdadeiros milagres são invisíveis para a mente comum. Eu não acredito em tais milagres porque eles não são milagres. Eu nunca fiz coisa alguma deliberadamente, pois fazer deliberadamente é ir contra o fluxo natural da existência. Eu estou num estado de deixar as coisas acontecerem totalmente por elas mesmas. Sim, coisas acontecem ao meu redor. Mas eu não posso ficar com o crédito por essas coisas, porque eu não fiz coisa alguma. As pessoas vêm conhecer pela primeira vez os mistérios do amor e da vida. As pessoas entram em sua própria interioridade, em sua subjetividade, onde elas encontram a si mesmas. E este é o maior milagre no mundo: encontrar a si mesmo. As pessoas se tornam silenciosas, serenas, calmas e quietas. As pessoas se tornam uma unidade orgânica. Uma profunda harmonia acontece a elas e toda a vida delas fica ressoando música e poesia. Eu tenho visto paralíticos ganhando força e entregando-se à dança. E quase todo mundo se torna paralítico devido à sociedade. E dançam até o ponto em que o dançarino desaparece e somente a dança continua. Cantam até o ponto em que o cantor desaparece e somente a canção continua. Esses são os momentos em que as portas do divino se abrem. Estes são os momentos em que você não é mais um ser comum, você se torna parte da plenitude, do ser universal. Estes são milagres.


Uma pessoa espiritual está ausente enquanto pessoa e presente apenas como uma presença – assim como a luz. Depende de você tornar-se radiante com aquela luz ou não. A luz está disponível. Você pode usá-la e tornar-se uma luz em si mesmo. A decisão é sua. Então, se você quiser ver um milagre, você poderá vê-lo em sua própria vida. A maior parte dos outros milagres é ficção. O verdadeiro milagre permanece invisível, não registrado na história, porque somente a pessoa que entra no processo do milagre o conhece, e mesmo ela não consegue provar, não consegue mostrar nenhuma evidência dele. Todo o crédito vai para a própria existência.
OSHO – The Rebellious Spirit

A escuridão não existe



Eu não vejo escuridão em lugar algum. Você é que está mantendo os olhos fechados. A escuridão não existe. É criação sua. O sol está em todo lugar, a luz está em todo lugar, estamos em pleno meio-dia. Mas você continua apertando os seus olhos, mantendo-os fechados. Daí a escuridão. Agora, ninguém pode forçar os seus olhos a se abrirem. Existem algumas coisas que você tem que fazer por si mesmo.

Se você quiser espirrar, você terá que espirrar, eu não posso fazer isso por você. Se você quiser assoar o nariz, você que terá que fazer isso, eu não posso fazer por você. Existem algumas coisas que você tem que fazer por si mesmo. Esta é uma das coisas mais fundamentais da vida. Se não fosse assim, mesmo em sua liberdade, você seria um escravo. Se eu tirá-lo da sua escuridão, ou qualquer outra pessoa, aquela luz não será muito luminosa. Você estará aprisionado naquela luz, você não veio de livre e espontânea vontade, você não floresceu espontaneamente. Alguma vez você já observou uma criança tentando abrir à força um botão de flor? O botão pode ser aberto, mas não será uma flor, alguma coisa ficará faltando, algo de grande significado. A alma estará faltando. A flor tem alma quando ela floresce espontaneamente, daí ela tem vida. Quando você a força, você a destrói. Tudo que é belo na vida pode apenas acontecer; não pode ser feito.


Existe uma bela história sobre um mestre Zen, Joshu: Um dia, Joshu caiu na neve e gritou 'Ajude-me! Ajude-me!' Um discípulo de Joshu aproximou-se e deitou ao seu lado. Joshu riu, levantou-se e disse ao discípulo: 'Certo! Perfeitamente certo! Isso é o que eu estou fazendo com você também.' Joshu tinha caído na neve e gritado, 'Ajude-me! Ajude-me!' Mas não havia necessidade alguma. Se você caiu, você pode se levantar. A mesma energia que fez você cair, consegue fazer você se levantar. A pessoa que não consegue se levantar, não consegue nem mesmo cair. A mesma energia que o leva a se perder, pode trazê-lo para casa. A pessoa que não consegue voltar para casa, não consegue também se perder, porque é necessário energia.

A mesma energia que faz de você um pecador, pode fazê-lo um santo. Na verdade, ser um pecador é mais complexo, mais difícil, mais trabalhoso. Ser um santo não é complexo nem trabalhoso. E ser religioso definitivamente não é trabalhoso. É a mesma energia! Você está mantendo os seus olhos fechados, e despendendo muita energia para mantê-los fechados. A mesma energia que os está mantendo fechados, se relaxados, irá ajudá-los a se abrirem. O discípulo é um discípulo de verdade. Ele entendeu Joshu perfeitamente bem. Ele sabe que ele criou uma situação, ele deitou-se conscientemente. Talvez o discípulo estivesse passando e Joshu caiu - criou uma situação - e gritou, 'Ajude-me! Ajude-me!' E o discípulo veio e deitou-se ao seu lado. Ele não o ajudou, em absoluto. O que ele estava fazendo? Ele não estava tentando ajudá-lo, de modo algum. Ele estava simplesmente sendo compreensivo. Ele estava dizendo, 'O que pode ser feito? Ok, eu sou seu discípulo, eu vou deitar ao seu lado. O que mais eu posso fazer?'

Para eu fechar o meu punho, terei que me esforçar. No momento em que eu parar de fechá-lo, ele começará a se abrir espontaneamente. Estar aberto é natural, estar fechado é antinatural. Para mantê-lo fechado você tem que colocar muita energia nele. Para abrir, nenhuma energia é necessária. Isso é uma coisa muito estranha: para permanecer miserável, você precisa colocar muita energia nisso. Para permanecer alegre, você não precisa de qualquer energia, de jeito algum. A felicidade é grátis, ela nada custa. A miséria você precisa fazer por merecer. Se você quiser ser miserável, muito esforço será necessário para permanecer miserável. É um estado muito antinatural. Um punho cerrado é antinatural; uma mão aberta é natural. A mão aberta não necessita energia, caso contrário você se sentiria cansado; ao final do dia você estaria morto de cansado por ter ficado todo o dia com a mão aberta. Daí, você dirá, 'Por todo o dia eu mantive minhas mãos abertas e agora eu estou me sentindo muito cansado.' Qualquer dia, mantenha o seu punho fechado por todo o tempo e ao final da tarde você se sentirá realmente cansado. O natural é a mão aberta. Um coração aberto é um fenômeno natural; um ser aberto é simplesmente natural. Um ser fechado é muito antinatural, muito artificial; você tem que colocar toda a sua energia nisso. Essa é a minha observação em milhares de pessoas: elas dão toda a sua energia para se manterem miseráveis. Permanecer no inferno é um grande investimento. Não é fácil, é muito difícil. Você precisa ser muito forte para estar no inferno, muito teimoso, decidido. (...) Você tem que ser duro como um diamante, somente então você pode permanecer no inferno. Se não for assim... ninguém está impedindo o seu caminho. Basta relaxar e você entra no céu, o relaxamento é a porta.


OSHO - Zen: the Path of Paradox

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O mais simples escapa à compreensão


Quanto mais simples é uma coisa, mas difícil de ser entendida. Para entender, é necessário algo complexo; para entender você tem de dividir e analisar. Uma coisa simples não pode ser dividida e analisada – o mais simples escapa à compreensão.

É por isso que Deus não pode ser compreendido. Deus é a coisa mais simples, absolutamente a coisa mais simples possível. O mundo pode ser compreendido pois ele é muito complexo. Quanto mais complexa a coisa, mas a mente pode trabalhar nela. Quando a coisa é simples, não há nada para queimar as pestanas, e a mente não pode funcionar.

Os lógicos dizem que qualidades simples são indefiníveis. Por exemplo: alguém lhe pergunta o que é o amarelo. É uma qualidade tão simples a cor amarela...como você a definiria? Você dirá: “Amarelo é amarelo”. Mas isto não é definição para amarelo, pois está repetindo a mesma coisa novamente. Isso é uma tautologia.

É por isso que se perde Deus. O intelecto nega-o, a razão diz “não”. Deus é o denominador mais simples da existência – o mais simples e o mais básico. Quando a mente pára, não há nada diferente de Deus, portanto, como definir Deus? Por isso as religiões tentam dividir, assim torna-se possível uma definição. Eles dizem “este mundo não é isso”, “Deus não é o mundo”, “Deus não é a matéria”, “Deus não é corpo”, “Deus não é desejo”. São formas de definir.

Você tem que colocar alguma coisa em oposição a outra coisa, então uma fronteira pode ser desenhada. Como estabelecer uma fronteira se não há um vizinho? Onde colocar a cerca de sua casa se não existe vizinhança? A fronteira de sua casa baseia-se na presença de seu vizinho. Deus é sozinho, ele não tem vizinhos. Onde ele começa? Onde ele acaba? Exatamente para definir Deus é que o Diabo foi criado. Deus não é o diabo – assim, você pode não ser capaz de dizer o que é Deus, mas pode dizer o que Ele não é: Deus não é o mundo, não é o diabo.

Os santos precisam dos pecadores, de outra forma eles não existiriam. Como você saberia quem é um santo? Todo santo precisa de pecadores à sua volta. Esses pecadores fazem a fronteira.
Então, devemos descobrir esta simplicidade dentro de nós, pois em cada ser vivo neste planeta foi plantada a semente de Deus, basta que saibamos procurá-la. A procura deve seguir a mesma natureza, ser simples, natural, indefinível.

OSHO

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Atitudes


É fácil criticar as atitudes dos outros, quando, na verdade, não agimos como deveríamos agir.

É fácil se omitir e permanecer na zona de conforto da vida, por mais desprezível que ela seja. Dizer que o outro não deveria ter agido de um determinado modo é fácil, difícil é agir da forma como se considera certo.

Se conformar com a mesmice da vida e não querer se envolver nos problemas das pessoas ao nosso redor é fácil. Temos vários jargões tipo: “É preferível um covarde vivo que um herói morto”. Eu tenho repugnância a esta frase. Quem a fez foi um idiota, porque não entendeu o mistério da existência, acho que sequer viveu.

Se nossa vida servisse apenas para nos preocuparmos conosco e com nossos entes queridos, Deus não seria justo. Se a covardia fosse um princípio universal, não teríamos ícones como Sócrates que foi condenado à morte pelas suas idéias, e, mesmo tendo uma chance de se retratar, não o fez, porque entendia que valeria a pena morrer pelo que acreditava a se acovardar pelo medo. Jesus nem teria existido, porque se a covardia fosse o correto, Ele teria se negado a morrer pela humanidade. Ninguém conseguiria citar um exemplo de um covarde admirável, até porque estas duas palavras não se coordenam. Um covarde nunca seria admirável....

É fácil ficar em cima do muro e não ter uma posição a tomar, permanecendo num lugar e outro, concordando com um e outro, por não querer se indispor. Mas, são exatamente estas pessoas as que mais são maltratadas pela vida. Elas correm dos problemas, mas os problemas as perseguem. Em geral levam uma vida vazia, sem grandes realizações, e quando morrem, sequer são lembradas. Em poucos anos os rastros de sua existência na Terra já se apagam definitivamente. Em contrapartida, o mundo nunca se esquece dos heróis que deram a própria vida pela causa que lutaram. Quando a humanidade irá esquecer um Gandhi, um Sócrates, um Buda, ou mesmo um Betinho ou a Madre Tereza?

Estas pessoas lutaram por questões que elas mesmas nunca chegariam a usufruir ou ver sendo praticadas no mundo. Entretanto, plantaram sementes e entendiam que o importante era isto, plantar sementes. Abriram o coração para uma causa maior, para algo que beneficiaria muito mais a humanidade que a eles próprios. Madre Tereza disse que “Nós mesmos sentimos que o que estamos fazendo é apenas uma gota no oceano. Mas o oceano seria menor se faltasse essa gota”.

O egoísmo é o maior mal da humanidade. Ele destrói a pessoa que o pratica e torna infértil o solo onde ele mesma necessitará para se nutrir. Percebe-se claramente que os egoístas nunca adquirem serenidade, a paz e a felicidade. Estão sempre correndo atrás de ganhos materiais e status para poderem se preencher. Mas, eles alimentos não conseguem atingir a alma, entram na mente e logo se tornam venenosos para quem os obteve.

Na verdade, Deus quer que tomemos ATITUDES nobres, em prol de interesses maiores e não somente em detrimento de nossas próprias necessidades. Acho que Ele não se importa quando assim agimos e acabamos cometendo algum erro nesta tentativa de acertar. Afinal, o erro é o melhor caminho para o entendimento. Precisamos correr este risco se quisermos fazer alguma diferença neste mundo. A omissão não nos ensina nada. Um provérbio Sueco diz que “Deus dá a cada pássaro a sua minhoca, mas Ele não a joga dentro do ninho.”


O mundo somente foi mudado por pessoas que tomaram algumas atitudes que destoavam da maioria. É preciso haver dissenso para que algo seja alterado. A revolução tem que começar na alma e depois ser manifestada no mundo das idéias. O erro da humanidade foi lutar com armas. Como falou Thomas Carlyle “Os tempos estão ruins. Muito bem, você está aí para fazê-los melhorar.” Entende a importância do “FAZER”?

Temos que FAZER e não DEIXAR PARA LÁ ou SE OMITIR. Madre Teresa se manifestou sobre a questão da seguinte forma: “O dever é uma coisa muito pessoal. Ele vem da aceitação da necessidade de agir e não apenas da necessidade de incitar os outros a fazerem alguma coisa.”

O erro não é a pior coisa que se comete na vida, a omissão é muito pior, porque ela é um veneno que mata o seu hospedeiro como também a oportunidade de fazer alguma diferença na vida de outra pessoa.

As coisas mais valiosas na vida humana começam quando alguém teve a coragem de jogar fora uma boa desculpa.....

Janaini

domingo, 25 de abril de 2010

O medo causado pela inteligência


Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas. O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal:


"Meu jovem, você cometeu um grande erro. Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".


Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava numa carreira difícil. Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil. Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:


"Há tantos burros mandando em homens de inteligência,que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência".


A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência. Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder. Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar. Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos. Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.


É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social. Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência,por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar. Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas...


Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender. É um paradoxo angustiante! Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida. Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues... "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra".


O problema é que os inteligentes gostam de brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres!...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

SOBRE A MATERNIDADE



Essa louca, doce, completamente exigente e fisicamente desgastante e deliciosa maratona chamada MATERNIDADE...

Dar à luz uma criança é uma coisa, ser mãe é outra, totalmente diferente. Ser mãe requer uma grande arte, uma enorme compreensão.

Você está criando um ser humano – essa é a maior criação! Um pintor pinta um quadro; nós chamamos isso de grande arte. A Picasso, nós nos referimos como grande artista. Mas, e a mãe de Picasso? Um poeta escreve belos poemas, mas e a mãe de Shakespeare? Nós não vemos as mães como as pessoas mais criativas no mundo. Essa é a uma das razões pelas quais não existem mais mulheres que sejam ótimas pintoras – elas não precisam ser; podem ser ótimas mães.

Por que o homem tenta se transformar em um ótimo cientista, poeta, pintor, isso e aquilo? Ele tem inveja das mulheres: ele não pode gerar filhos e se sente impotente. Ele não pode carregar uma vida dentro de si, não pode reproduzir a vida. Para suprir isto, ele pinta, esculpe, escreve poesia, compõe música, vai à lua, escala o Everest. Ele quer provar, pelo menos para sua mulher, que “Eu também posso fazer alguma coisa”, caso contrário se sente impotente. Em comparação com a capacidade da mulher, ele parece uma criança, parece quase acidental. Seu trabalho não é muito grande: para ter um filho, ele simplesmente aciona o processo. Uma pequena injeção pode fazer isso, não é um trabalho muito grande.

A mulher passa por aqueles longos meses de gestação com agonia e êxtase. E o trabalho não termina! Na verdade, o trabalho, o trabalho de verdade, começa quando a criança nasce. E a criança traz à vida uma nova qualidade. Toda criança é primitiva, um bárbaro; a mãe tem que civilizá-la. Tem que ensiná-la os caminhos da vida, os caminhos do ser humano. É um enorme trabalho.

Mas, esse trabalho deve ser feito com alegria pois a mulher está criando algo imensamente valioso, está entalhando uma vida, está protegendo uma vida. É um trabalho que nenhum sacrifício é suficiente, todo e qualquer sacrifício deve ser feito. Isso é a primeira coisa.

A segunda coisa é: Não leve seu filho tão a sério, ou você o destruirá. Sua seriedade vai se tornar destrutiva. A responsabilidade está ali, mas deve ser levada na brincadeira. Lide com a criança como se lida com um instrumento musical, permita que seu filho seja seu instrumento. Toque-o com cuidado, com alegria. Se você ficar séria, seu filho começará a sentir sua seriedade e ficará oprimido e limitado. Não sobrecarregue seu filho; não comece a sentir que está fazendo algo muito bom para ele. Quando eu digo que você está fazendo algo maravilhoso, digo que é algo maravilhoso para VOCÊ MESMA. Ao ajudar esta a ser tornar um lindo ser humano, você estará se tornando a mãe de um “lindo ser humano”. Não está fazendo um favor ao seu filho: está somente aproveitando a sua própria vida; sua própria vida será transformada em prazer por causa de seu filho. Sinta-se agradecida por ter sido escolhida para ser sua mãe. Deixe que maternidade floresça por meio dele. Se você conseguir fazer com que sua maternidade floresça, vai se sentir grata por seu filho para sempre.

E, naturalmente, haverá sacrifício, mas eles tem de ser feitos...com alegria. Somente assim serão sacrifício. Se você fizer tudo sem alegria, não haverá sacrifício. Sacrifício vem da palavra “sagrado”. Quando faz as coisas com alegria, é sagrado. Quando não faz as coisas com alegria, está apenas cumprindo uma tarefa – e tarefas não são sagradas.

Se seu filho conseguir se tornar um bonito ser humano, você será beneficiada por isso – porque seu filho sempre ficará ligado a você. Apenas a conexão física foi desconectada no parto; a conexão espiritual nunca é desconectada.

Não existe envolvimento mais profundo que aquele existente entre mãe e filho. Nenhum outro pode ser tão profundo com nenhuma outra pessoa – porque a criança viveu dentro de você por alguns meses, como você; ninguém mais pode viver dentro de você, como você. VOCÊS JÁ FORAM UM, FORAM PARTES UM DO OUTRO E O SERÃO PARA SEMPRE....

OSHO